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LIÇÃO
6 - SENDO SAL E LUZ (Mateus
5: 13-16)
Uma
das mais tristes condições que um cristão pode assumir na sociedade em
que vive é a alienação. Dizer "sou um alienado"
significa: "não consigo mais me relacionar com a sociedade e, o que
é ainda pior, não há nada que eu possa fazer." Não
foi para sermos pessoas alienadas que Cristo nos chamou, mas para sermos
SAL e LUZ. Era esta a expectativa que Ele tinha para os seus seguidores,
expressa tão detalhadamente no Sermão do Monte. Leia
Mateus 5: 13-16 Todo
o mundo conhece o sal e a luz. Eles se encontram praticamente em todas as
partes do mundo. Jesus conhecia sua utilidade prática e, por isso,
usou-os para ilustrar a influência que ele esperava que seus discípulos
exercessem na sociedade
humana. O que ele quis dizer com isso? Vejamos quatro verdades: 1ª
Os cristãos são fundamentalmente diferentes dos não cristãos
As duas imagens separam as duas comunidades uma da outra. O mundo
é escuro - Jesus explica - , vocês devem ser luz. O mundo está se
decompondo; vocês devem ser o sal e impedir que ele apodreça. Usando uma
linguagem coloquial diríamos que eles são tão diferentes quanto água e
vinho, óleo e água.
Este é um dos principais temas da Bíblia inteira. Deus chama do
mundo um povo para si mesmo e a vocação do seu povo é ser "santo
" ou "diferente ".
Leia I Pedro 1: 15,16) 2ª
Os cristãos devem impregnar a sociedade não cristã
Embora os cristãos sejam ( ou devessem ser ) moral e
espiritualmente distintos dos não cristãos, eles não devem se segregar
socialmente. Pelo contrário, sua luz deve brilhar nas trevas e seu sal
penetrar a carne em estado de putrefação. Os cristãos devem mergulhar
na sociedade.
Lembremo-nos do exemplo de Jesus que rompeu barreiras culturais,
religiosas e sociais para estar junto daqueles que necessitavam Foi muito
criticado por isso, mas ensinou que "veio buscar e salvar os que
estavam perdidos". Assim, nós também, devemos afetar a sociedade a
fim de que vejam as nossas boas obras. 3ª
Os cristãos podem influenciar a sociedade não cristã
Somos hoje um número muito significativo de pessoas que se dizem
cristãs. Há mais de 20 anos atrás, nos Estados Unidos, 69 milhões de
americanos professavam sua fé pessoal em Jesus Cristo e 67% de toda a
população era composta por membros de igrejas evangélicas. Então, vem
a pergunta: "Por que esse grande exército de soldados cristãos não
tem tido mais sucesso no combate às forças do mal?"
É pura hipocrisia da nossa parte colocar a culpa na sociedade. O
Senhor Jesus disse que nós tínhamos que ser o sal e a luz. Portanto, se
a escuridão e a decomposição existem, a falha é nossa e temos que
assumir a culpa. 4ª.
Os cristãos devem manter a sua característica distintiva
Se o sal deixa de ser sal, não presta pra nada. Se a luz deixa de
brilhar, perde o efeito. Portanto, se nós que nos dizemos seguidores de
Cristo queremos fazer algo de positivo por Ele, temos que atentar para
dois requisitos; temos
que imergir na vida do mundo temos
que evitar nos misturar com o mundo Chamamos
isso de dupla identidade da Igreja (santidade e mundanidade). O
restante do Sermão do Monte vai completará o que significa ser sal e
luz: uma lealdade ainda maior (a do coração) , um amor ainda mais amplo
(até pelos nossos inimigos), uma ambição muito mais nobre (buscar em
primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça) Conclusão
Este propósito e esta expectativa de Cristo deveriam ser
suficientes para superar o nosso senso de alienação. É até possível
que sejamos rejeitados ou desprezados por alguns no nosso trabalho ou em
nossa comunidade local.
No entanto, deveríamos nos determinar, pela sua graça, a nos
infiltrar em algum segmento secular da sociedade e ali erguer a bandeira
de Cristo, mantendo, sem comprometimentos seus estandartes de amor,
bondade e verdade. Bibliografia: STOTT,
John R.W. O cristão em uma sociedade não cristã
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