|
LIÇÃO
8 -
A VOLTA DE JESUS E A URGÊNCIA MISSIONÁRIA
Grande parte dos ensinos de Jesus trata do reino de Deus. O assunto
marcou o ministério de Jesus do início (Mc1:15) ao fim. (At 1:3). As parábolas,
sua maneira popular de ensinar, focalizam tanto o assunto que, freqüentemente
são chamadas "parábolas do reino". De fato, nos evangelhos há
mais de 70 referências de Jesus ao reino.
O ensino de Jesus sobre o reino também tem a ver com Missões,
pois foi justamente este assunto que ele abordou com os discípulos no período
entre a ressurreição e a ascensão, preparando-os para o Pentecoste e a
explosiva expansão missionária da Igreja. Por isso o assunto é de muitíssima
importância para Missões.
O reino de Deus possui dois aspectos temporais: 1.Ele
já está presente pois a vinda de Jesus o inaugurou ( Lc 11:20; Mt 12:28
) 2.Seu
cumprimento ainda não se deu, porque aguarda a volta de Jesus ( Mt
13:40-41) Vejamos
algumas características desse reino com relação à obra missionária: O
ESCOPO DO REINO É UNIVERSAL
Jesus ensina a perspectiva missionária universal do Antigo Testamento.
Ensina que no último dia muita gente virá do Oriente e do Ocidente, do
Norte e do Sul, e tomará lugar à mesa no reino de Deus. ( Lc 13: 29 ) As
bênçãos do reino de Deus são para todos os povos do mundo
É muito preciosa essa descrição do reino como uma festa. Mas,
antes de sua realização um convite deve ser enviado às nações, a fim
de que os convidados venham à festa. Este é o trabalho de Missões. OS
QUE FESTEJAM HERDAM O REINO
Jesus ensina que os gentios estarão não apenas entre os que
festejam, mas também herdarão o reino de Deus com os judeus crentes ( Mt
21:43 e At 26:16-18 ). Assim como Jesus enviou a Paulo como missionário
para colher os gentios para o reino de Deus, hoje também nos envia a fim
de colher as nações para o seu domínio. O
SINAL DE SUA VOLTA: MISSÃO CUMPRIDA
Quando os discípulos perguntaram qual seria o sinal de sua volta e
da consumação deste período intermediário (Mt 24:3), Jesus fez uma
lista dos sinais do período histórico que precederia a sua volta ( Mt
24: 4-12 ) e depois respondeu à pergunta deles quanto a este sinal: "E
será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a
todas as nações. Então virá o fim." (Mt 24:14)
Isso deixa claro que o evangelho será pregado a todas as partes do
mundo, bem antes da sua volta. Quem fará isso? Seus enviados, seus
missionários.
Nós somos os precursores de sua vinda. Quando você e eu tivermos
respondido em obediência, levando o evangelho até os confins da terra,
então este mesmo Jesus voltará.
Missões, portanto, entram em penúltimo lugar na história
divina da salvação. Esperamos a gloriosa volta de Cristo e a consumação
dos séculos - por último. Contudo, não de braços cruzados, pois
o último elemento virá só depois do penúltimo - a pregação do reino
por todo o mundo. Por isso, quando em outro lugar os discípulos perguntaram quando
seria a restauração do reino, a resposta foi a mesma - missões ( At
1:6-8 ).
Não nos preocupemos com os
sinais ( épocas, tempos, etc) e, sim, com um sinal: a pregação do reino
a todas as nações. ALCANÇANDO
OS NÃO-ALCANÇADOS
Nosso alvo missionário é alcançar aqueles que não receberam o
evangelho de Cristo. Leia Romanos 15:19-21 e veja o exemplo que o apóstolo
Paulo nos dá. Isso significa que nossa estratégia deve ser alcançar os
povos que ainda não foram alcançados, não apenas geograficamente, mas
também culturalmente.
A grande comissão manda fazer discípulos de todas as nações,
etnias, segundo o texto original ( Mt 28:19 ). A tradução "nações
" é um tanto infeliz porque dá a idéia de países politicamente
definidos, em vez de grupos étnicos e povos culturalmente definidos. O
mandamento é no sentido de discipular as etnias.
Este conceito está mais próximo da idéia bíblica e ilumina
imensamente a tarefa missionária atual. No Brasil, há inúmeros grupos
culturalmente distintos. Somente em São Paulo há um milhão de
japoneses, 430.000 portugueses, 400.000 italianos, 200.000 chineses e não
poucos coreanos, ciganos, alemães sírios e outros. No país há centenas
de tribos indígenas.
No mundo, há aproximadamente 24.000 povos culturalmente definidos.
Metade desses ainda não possui uma igreja cristã que possa continuar o
trabalho de evangelização. Cristão precisam cruzar barreiras culturais
para evangelizá-los. CONCLUSÃO
Assim como a Bíblia começa com um escopo universal, com Deus
criando os céus e a terra, preparando o palco mais amplo possível de
"missões", ela também termina com o mesmo tom, dando-nos nada
menos do que a visão gloriosa do reino, lembrando-nos que a salvação
pela graça se destina a ser oferecida a todos, universalmente: "A
graça do Senhor Jesus Cristo seja com todos"
( Ap 22: 21) Bibliografia: |